A campanha Novembro Azul, referente ao câncer de próstata, começou em 1999, com um grupo de amigos australianos que decidiram deixar os bigodes crescerem, com o objetivo de chamar a atenção para a saúde masculina. Eles realizavam diversas ações para arrecadar dinheiro e todo o montante era doado às instituições de caridade.
O movimento fez tanto sucesso que, em 2004, foi criada a Movember Foundation Charity – sendo que, Movember é a junção de Moustache (bigode) e November (Novembro). Outra característica da campanha é o No Shave November (Novembro Sem Barbear), daí o porquê do bigode e a cor azul se tornarem os símbolos da campanha.
Já no Brasil, ela começou com a movimentação do instituto Lado a Lado Pela Vida em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia. O dia 17 de novembro foi escolhido como o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
Novembro Azul: a importância da conscientização
O câncer de próstata é o segundo tipo que mais acomete homens no mundo todo. Se trata de uma doença com início assintomático, fazendo com que a sua prevenção seja de extrema importância.
Em números, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA – 2020), a estimativa de novos casos foi de 65.840, correspondendo a 29,2% dos tumores incidentes no sexo masculino.
Não apenas, o número de mortes foi de 15.983 (2019 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
Dessa forma, se torna indispensável que os exames de prevenção sejam realizados, tanto o exame de sangue quanto o de toque, em homens que já passaram dos 45 anos de idade.
Câncer de Próstata: como detectar
Logo no início o câncer de próstata boa parte dos pacientes não apresentam qualquer sintoma ou, quando apresentam, são parecidos com os do crescimento benigno da próstata. Já na fase avançada, pode provocar dores ósseas, sintomas urinários e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Dessa maneira, a detecção precoce é uma estratégia eficaz na busca por tumores em fase inicial e, assim, possibilitando maiores chances de tratamento bem sucedido.
Para detectar o câncer de próstata é preciso a realização de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, nas pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença. Ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Alguns sinais e sintomas são:
- Dificuldade de urinar
- Diminuição do jato de urina
- Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite
- Sangue na urina
Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico.
Diagnóstico e tratamento do câncer de próstata
O diagnóstico é feito através da biópsia prostática por via trans-retal ou trans-perineal e guiada por ultrassonografia e/ou ressonância magnética. A indicação de biópsia depende do toque retal e valores de PSA.
Já o tratamento depende: se a doença está localizada (apenas na próstata e não atingiu outros órgãos) podem ser realizadas cirurgias, radioterapias e, até mesmo, observação vigilante.
No caso de doença localmente avançada pode ser realizada radioterapia ou cirurgia combinada a tratamento hormonal.
Enquanto para doença metastática (quando o tumor já se espalhou por outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
Agora, vale ressaltar que o tratamento mais adequado é definido pelo médico e paciente em conjunto ao conversarem sobre os riscos e benefícios de cada um.
Fatores que aumentam os riscos
A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.
Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado.
Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.
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